segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Destaques

EM JOGO



Semana curiosa em que os três grandes têm lugar nesta coluna.
Claramente em jogo, o Benfica, porque depois da vitória expressiva sobre o Boavista encurta distâncias para o Porto e afasta-se mais do Sporting, com a derrota destes em Braga.
Camacho parece estar a conseguir melhorar os níveis de confiança da equipa e, com os golos a aparecer, a motivação também sobe.
E este jogo teve o condão de trazer de volta à ribalta um dos jogadores mais criticados, Nuno Gomes que, com dois golos, volta a afirmar-se como o homem que conhecemos de outros tempos.

EM LINHA


Já há muito tempo que não falávamos de Cristiano Ronaldo e esta é a semana para o fazer. Mais dois golos que dão a vitória à sua equipa, que a põe no primeiro lugar da Liga Inglesa, tendo o Arsenal maior pressão, necessitando de ganhar para recuperar esta posição.
O Manchester este ano depende menos de Ronaldo pois, com as belas prestações de Nani e de Tevez, está mais repartida a criatividade, que passa também pelos pés de Anderson e Rooney. Ainda assim este continua a ser uma peça fundamental no conjunto, pelo seu carisma e qualidade, não fugindo nunca da responsabilidade nos momentos chave dos jogos.
Um jogador cada vez mais completo.

FORA DE JOGO


Este Porto da Amadora foi a antítese daquilo que tem demonstrado ao longo do campeonato, onde tem sido uma equipa segura e cerebral, não se deixando abalar nos momentos mais complexos das partidas.
Cedo se pôs em vantagem e quando isso acontece, raramente se deixa surpreender, daí que foi estranha a desconcentração que deixa os estrelistas chegar ao empate a menos de 5 minutos do final da partida.
Com postura de campeão, não só na Liga como na Champions, deixou agora transparecer alguma tremideira.
A ver vamos se foi passageira.

NO BANCO


De confusão em convulsão este Boavista desta época.
Fácil seria por aqui Jaime Pacheco que, ao que se sabe, já pôs o lugar à disposição.
Mas quem está atento ao fenómeno percebe que o treinador não pode ser o único responsável pelo definhar de um clube que está sem controlo directivo, financeiro e desportivo.
O presidente demite-se. Aparece um candidato que diz não conhecer o clã Loureiro, mas de quem, afinal se diz ser amigo há muitos anos e que vai buscar para a direcção os mesmos que lá estavam.
Aparecem notícias de penhoras de jogadores e ele acha tudo normal.
Depois perde-se e por números avassaladores.
É no mínimo estranho e quem vai perder com isto são os atletas e os sócios anónimos que acompanham o clube por paixão.

NA BANCADA



Que é que se passa com o Sporting deste ano, depois de, com o mesmo treinador e uma boa parte dos jogadores se ter mostrado como uma equipa sólida e unida?
Este ano a coesão tarda em aparecer, cometem-se erros comprometedores e não há confiança.
Aquilo que aqui falei sobre a segurança, normalmente apresentada pelo Porto, funciona ao contrário para os Leões, os adeptos nunca se sentem seguros, mesmo quando estão a ganhar. Isto aconteceu com a Roma. Depois de estar à frente do marcador nunca conseguiu impor o seu futebol e anular o adversário, deixando sempre a sensação de que, mais cedo ou mais tarde, aconteceria algo de mau. E aconteceu!
Em Braga foi péssimo. Nem parecia uma equipa que se diz candidata ao que quer que seja, independentemente do mérito do adversário.
Muito para repensar e trabalhar e talvez seja altura dos dirigentes deixarem de olhar para o seu umbigo e estarem mais junto da equipa.

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